
Fernanda Leme nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula (RJ), atuou como arquiteta e designer de interiores antes de se dedicar integralmente às artes visuais, a partir de 2009, quando ingressou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Desde então, aprofundou sua formação em cursos como a Escola Sem Sítio e grupos de estudos orientados por nomes como Paulo Sergio Duarte, Alexandre Sá, entre outros.
Seu trabalho, desenvolvido em pintura e desenho, parte da apropriação e edição de imagens de diversas origens — arquivos pessoais, mídias digitais e memória —, numa reflexão sobre identidade, impermanência e o retrato na contemporaneidade. A experiência pessoal atravessa sua pesquisa: depois de enfrentar uma série de perdas familiares e seu próprio diagnóstico de câncer, a artista incorporou essas vivências à sua prática, sem reduzir sua produção a um relato autobiográfico, mas ampliando os sentidos da imagem como registro de resistência e transformação.
Desde sua participação no 13º Salão Abre-Alas, na galeria A Gentil Carioca (2017), Fernanda tem exposto regularmente em importantes espaços culturais, como a Casa França-Brasil, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Sesc, EAV Parque Lage e E.C.C.O. (Brasília), além de mostras em Fortaleza e Minas Gerais. Realizou sua primeira exposição individual, Em que espelho ficou perdida a minha face, no Instituto Europeu de Design (IED-Rio) em 2019. Em 2024, apresentou sua individual mais recente, Monstros, na Z42 Arte Contemporânea, também no Rio de Janeiro, com curadoria de Alexandre Sá.
Através de uma obra profundamente atravessada pela experiência pessoal e familiar, Fernanda Leme investiga a potência da arte como forma de permanência, resistência e renovação.